sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

ATIVIDADE FÍSICA REDUZ RISCO DE PERDA AUDITIVA EM OBESAS

Um novo estudo do Brigham and Women's Hospital, em Boston (EUA) afirma que a obesidade pode estar ligada a perda auditiva.

Mais de 68.000 mulheres foram acompanhadas entre 1989 e 2009, respondendo a cada dois anos perguntas detalhadas sobre sua saúde e hábitos diários. Em 2009, elas foram questionadas se tinham apresentado alguma perda auditiva e, em caso afirmativo, com que idade. Vale ressaltar que foram levados em conta outros fatores no estudo, como o tabagismo, uso de medicamentos e qualidade da dieta da voluntária.

Uma em cada seis mulheres relataram perda de audição durante a pesquisa. As participantes que apresentavam um maior índice de massa corporal (IMC) ou maior circunferência da cintura apresentaram maior risco de problemas de audição, quando comparadas a mulheres com peso normal. De acordo com os pesquisadores, a obesidade causa estreitamento dos vasos sanguíneos, o que pode comprometer o fluxo de sangue. Pessoas acima do peso também são mais propensas a ter pressão arterial elevada, outra condição que pode dificultar o fluxo sanguíneo e prejudicar a audição.

Mulheres com IMC entre 30 e 39 (consideradas obesas) foram 17% a 22% mais propensas a sofrer perda de audição do que as mulheres com IMC menor do que 25. Já as mulheres que se enquadravam na categoria de obesidade extrema (IMC acima de 40) apresentaram maior risco de problemas de audição, sendo cerca de 25% mais propensas ao problema. Além disso, as mulheres com cinturas maiores foram até 27% mais propensas à perda de audição do que as mulheres com cinturas menores.

Porém, os pesquisadores perceberam que as participantes adeptas de atividade física tiveram uma queda no risco. As mulheres que caminhavam por quatro ou mais horas por semana, por exemplo, tiveram uma queda de 15% no risco, na comparação com mulheres que caminhavam menos de uma hora por semana. E mais uma vez a atividade física pode ser responsável por uma melhor condição de saúde, além de prevenção de problemas, como a perda auditiva.


Por Jornalismo Portal EF

sábado, 21 de dezembro de 2013

COMUNICADO

A Academia UCP devido ao sucesso do 1° Circuito de Atividade Física e Saúde da Academia UCP e a quantidades de matrículas realizadas está ampliando e inovando.


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Gordorexia: distúrbio provoca percepção distorcida da própria imagem

Transtorno faz obeso se enxergar magro ou abaixo do peso ideal.

A disfunção dismórfica corporal é um transtorno mental que se caracteriza por afetar a percepção da própria imagem corporal, levando o indivíduo a ter preocupações irracionais sobre defeitos em alguma parte de seu corpo (nariz torto, olhos desalinhados, imperfeições na pele, etc.). Essa percepção distorcida pode ser totalmente falsa, conhecida entre os médicos como ”percepção imaginária” ou, ainda, estar baseada em sutis alterações na aparência, resultando em reações exageradas que podem acarretar uma série de prejuízos sociais, familiares e profissionais.

Entre os distúrbios da imagem está a fatorexia, popularmente conhecida como gordorexia, que faz com que pessoas obesas se enxerguem magras ou abaixo do peso ideal. É o extremo oposto da famosa anorexia nervosa, que causa emagrecimento doentio pela ausência de alimentação.

O que causa

De acordo com a psicóloga Vivian Albuquerque, do Ambulim - Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, os distúrbios da imagem são muito comuns e ocorrem, na maioria dos casos, sem que o portador perceba. Outra característica é que, de maneira geral, atingem em maior número as mulheres: “Os transtornos alimentares são produtos de uma complexa inter-relação entre aspectos biológicos, psicológicos e socioculturais. Como são problemas multifatoriais em sua gênese, ultrapassam a capacidade terapêutica de qualquer um, isoladamente. As mulheres são as mais afetadas pelos quadros de distúrbio de imagem, devido à exposição do corpo, feminilidade, fatores hormonais, etc. Daí a importância de uma interação multidisciplinar e da percepção de pessoas do convívio”, explica.

Os principais tipos de Transtorno Alimentar são a anorexia nervosa e a bulimia. Entretanto, tem havido considerável aumento no número de pacientes em tratamento de compulsividade alimentar e gordorexia: “Nos últimos anos, constatou-se que uma parcela dos obesos em tratamento - cerca de 30% - apresenta um comportamento de descontrole alimentar com a ingestão compulsiva de grandes quantidades de alimento e a sensação de perda de controle. Este quadro está relacionado diretamente com a gordorexia que, nos últimos tempos, apareceu com força entre os pacientes, mesmo ainda não sendo reconhecida como doença pela OMS”.

Tratamento

A gordorexia não possui embasamento científico, mas é considerada um transtorno da vida moderna, com tratamento diretamente associado ao cuidado psicológico e social. Os portadores de gordorexia e outros distúrbios da imagem devem passar por avaliação médica e psicológica, para que o tratamento correto seja indicado. Afinal, obesidade é doença e deve ser tratada por especialistas e nutricionistas.

Explica a psicóloga: “Neste estado psicológico, o portador de gordorexia se enxerga no espelho exatamente com seus quilos excedentes, porém acredita que a imagem refletida no espelho esteja com o peso ideal e que está tudo sob controle, quando na realidade existe obesidade, doença séria que atinge considerável número de brasileiros. Esta falta de consciência coloca o indivíduo em um círculo vicioso: ele não prioriza uma dieta para perda de peso, não procura ajuda, e continua com os mesmos hábitos alimentares, o que fatalmente o levará a um aumento de peso constante”.

Ela também revela detalhes sobre o tratamento, que “deve começar com auxílio psicológico e respaldo médico. Depois, a continuidade é feita por um nutricionista. Atividade física é essencial para o tratamento de qualquer obeso, inclusive dos pacientes de gordorexia. A liberação de endorfina e de muitas substâncias durante e após a prática de atividade física auxilia no tratamento. Mas tudo isso após o prévio diagnóstico e controle do estado emocional”.

Prevenção

A passagem da informação de forma clara, concisa e transparente à opinião pública, a educadores, pais e aos grupos de risco é fundamental para a prevenção de qualquer distúrbio alimentar. A colaboração para a saúde, bem estar e autoestima é uma das formas mais eficazes de combate aos problemas de cunho emocional.

Para a psicóloga, prevenir é dever da sociedade: “A prevenção é essencial. Deve ser repetida, enfatizada, reprisada quantas vezes for necessário. A mídia pode ser a porta de entrada de muitas obsessões, por isso devemos ficar em alerta. Não há remédio, não há bola de cristal. Precisamos preparar e cuidar do equilíbrio emocional”, alerta.

Gordorexia real: de portadora de gordorexia a nutricionista esportiva

A nutricionista esportiva e empresária Milene Santinella é um exemplo vivo da gordorexia. Aos 20 anos, pesava 114 quilos e só teve consciência da compulsão alimentar e do distúrbio da imagem após ida forçada ao endocrinologista.

“Fui ao médico endocrinologista da família, atendendo a um pedido da minha mãe”, revela a nutricionista. “Eu não queria ir, achava que não era necessário e que perderia tempo. Tive uma surpresa: estava obesa. Sem nenhum outro tipo de problema de saúde, mas obesa. Foi um choque de realidade e, mesmo assim, minha visão ainda era turva. Procurei o Ambulim, onde iniciei tratamento com a equipe de compulsão alimentar. Ainda nem se falava em gordorexia, mas hoje sei que foi exatamente o que passei. Foi uma fase muito difícil e o apoio da minha família e amigos foi a minha base”.

Sobre o tratamento, Milene conta: “Passei a realizar atividades físicas e me apaixonei pela nutrição esportiva. Estava cursando biomedicina e parei para fazer nutrição. Meu irmão, profissional de educação física, me chamou para abrirmos uma Curves, academia especializada em mulheres, e topei. Me apaixonei ainda mais e fiz pós graduação em nutrição esportiva. Hoje, presto assessoria nutricional para todas as minhas clientes e faço questão de entender os porquês de cada uma delas”.

Milene realiza periodicamente, na empresa, encontros que reúnem psicólogos e especialistas sobre distúrbios sociais da vida moderna. A experiência mexe com os sentimentos da nutricionista: “Eu venci. Foi uma barra pesada e eu procuro me inteirar nesse meio, realizando de tempos em tempos encontros que trazem psicólogos, nutrólogos, endocrinologistas e outras as áreas correlatas, para debatermos. Aprendi isso no Ambulim e valorizo. Também realizo encontros que falam de doenças da mulher, como encontros preventivos de câncer de mama e ovário, e caminhadas pela saúde”.

Sobre sua trajetória, conclui, emocionada: “Hoje sou atleta, maratonista, apaixonada por crossfit e levo uma vida saudável após superar meus próprios medos”.

Consultoria Técnica: Márcio Santos

Por Jornalismo Portal EF 

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

ESTUDO DIZ QUE ATIVIDADE FÍSICA MELHORA DESEMPENHO DE ALUNOS

Pesquisa avaliou atividade física e notas de 5 mil adolescentes. Resultado foi mais acentuado entre meninas na disciplina de ciências.

Nova pesquisa britânica publicada mostra que praticar exercícios regularmente melhorou as notas escolares de adolescentes e ajudou particularmente as meninas nos estudos de ciências.

Segundo descobertas divulgadas na edição online do periódico britânico "Journal of Sports Medicine", quanto mais ativas fisicamente forem, melhor o desempenho das crianças na escola. E, de acordo com um comunicado de imprensa, os "resultados das meninas em ciências pareceram ser aqueles que mais se beneficiaram" das atividades físicas.

Há muito tempo se acredita que movimentar o corpo impulsiona o funcionamento do cérebro, mas poucas evidências científicas existiam até agora. Para fazer o estudo, cientistas de Inglaterra, Escócia e Estados Unidos mediram o nível de atividade física de quase 5.000 meninos e meninas de 11 anos, que vestiram um "acelerômetro" leitor de movimento durante uma semana.

Seu desempenho acadêmico em inglês, matemática e ciências foi avaliado aos 11, 13 e 16 anos de idade. As crianças mais ativas fisicamente aos 11 anos tiveram um desempenho melhor nas três fases e em todas as disciplinas.

De acordo com os resultados, cada 17 minutos de exercícios diários aos 11 anos produziram uma melhora adicional nas notas dos meninos, e 12 minutos diários para as meninas com 16 anos.

O efeito foi notavelmente grande para as meninas em aulas de ciências. "Esta é uma descoberta importante, especialmente à luz da atual política do Reino Unido e da Comissão Europeia de aumentar o número de meninas em temas científicos", escreveram os autores.

No entanto, os cientistas se preocuparam em observar que aos 11 anos, os meninos praticam em média 29 minutos de exercícios de moderados a vigorosos por dia e as meninas, cerca de 18 minutos, muito menos do que os 60 minutos recomendados.

"As descobertas impeliram os autores a especular sobre o que poderia acontecer com o desempenho acadêmico se as crianças aumentassem a quantidade de atividade física de moderada a vigorosa que faziam para os recomendados 60 minutos", destacou o comunicado.

As crianças foram recrutadas em um projeto de larga escala denominado Avon Longitudinal Study of Parents and Children (ALSPAC ou Estudo Longitudinal Avon de Pais e Filhos, em tradução literal), no sudoeste da Inglaterra.

Os cientistas ajustaram os resultados para fatores que poderiam influenciar as descobertas, como peso da criança ao nascer, se suas mães fumaram durante a gravidez, peso e origem socioeconômica.

Segundo os cientistas, são necessárias novos estudos para entender como os exercícios conduziram a um desempenho melhor.

"As descobertas tem implicações nas políticas de saúde pública e educacional ao fornecer aos pais e às escolas um parâmetro potencialmente importante de melhorias significativas e sustentadas na atividade física", escreveram.


Matéria publicada no site G1.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

COMO DEVE SER A HIDRATAÇÃO DURANTE E APÓS O TREINO?

A maioria sabe importância da hidratação antes, durante e depois dos treinos, e o ideal é estar hidratado durante as 24 horas do dia.

Mas, o que beber e quanto beber?

Importante: nunca começar o exercicio sem estar hidratado.

Cerca de 2 horas antes do treino, ingerir 300ml de água ou sucos.

Durante: 200ml de água ou sucos a cada 20minutos

Após: depende da duração, para treinos prolongados com 50 minutos ou mais, o ideal é água de coco e bebidas esportivas e para treinos mais curtos, água.


Matéria retirada do Portal da EF

terça-feira, 1 de outubro de 2013

LISTA DE ANIVERSARIANTES OUTUBRO


MITOS E VERDADES DA ALIMEMENTAÇÃO PARA GANHO DE MASSA MUSCULAR

A prática de exercícios físicos costuma gerar dúvidas relacionadas à alimentação adequada entre aqueles que almejam o ganho de massa muscular.

Esses questionamentos acontecem pelo fato do consumo de inúmeros alimentos apresentarem mitos em relação aos benefícios ou prejuízos que podem causar à saúde. Por isso, estão abaixo as respostas para as dúvidas mais comuns que aparecem no dia a dia dos praticantes de atividade física:

1. Os praticantes de atividade física necessitam de uma alimentação diferenciada?

Verdade. Quando um indivíduo inicia a prática de atividade física ocorre aumento do gasto energético, tornando as necessidades nutricionais diferentes daquelas destinadas às pessoas sedentárias. A alimentação com carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais em quantidades adequadas são importantes não apenas para fornecer energia como também para preservar a massa muscular, maximizar a utilização e transporte de oxigênio e regular os processos metabólicos decorrentes do exercício. Mas para que a nutrição seja uma aliada ao desempenho físico, é importante a correta hidratação e o treinamento específico para o objetivo de cada pessoa.

2. O consumo de soja atrapalha o ganho de massa muscular?


Mito. A soja é uma fonte de proteína vegetal de alto valor biológico, ou seja, apresenta todos os aminoácidos essenciais. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a soja é uma proteína completa. Dessa forma, assim como a proteína animal, a soja também é uma alternativa aos praticantes de atividade física. Pois é a única proteína vegetal que contém quantidades adequadas de aminoácidos com funções anabólicas, como arginina e glutamina. Além disso, apresenta grandes quantidades de aminoácidos de cadeia ramificada como isoleucina, leucina e valina, que servem como fonte de energia durante o exercício, poupador e provedor de massa muscular durante e após o treino. Dentre as diversas maneiras de consumo da soja, as bebidas à base de soja oferecem facilidade e segurança no consumo.

3. Ganhar massa muscular só é possível com o uso de suplementos?


Mito. Uma alimentação equilibrada contém todos os macronutrientes necessários para ganho de massa muscular e aliada ao treino correto pode levar a esse ganho sem a necessidade do uso suplementos. A maioria dos suplementos é composta por um nutriente exclusivo, como carboidratos, proteínas e/ou uma combinação de aminoácidos, e não por uma combinação equilibrada de nutrientes como acontece na alimentação. Por isso, antes de iniciar o uso de suplementos, é necessário procurar um nutricionista para realizar avaliação individual física e da dieta, para desta forma, identificar a necessidade ou não do uso de suplementos alimentares.

4. Para o ganho de massa muscular, apenas o consumo de proteínas é necessário no pós-treino?


Mito. Após a atividade física é necessário repor o glicogênio muscular para a preservação da massa magra, o que só é atingido com quantidades adequadas de carboidratos e proteínas. Os carboidratos são fonte de energia e repõem o glicogênio perdido, enquanto as proteínas fornecem aminoácidos para síntese e reparo do tecido muscular. O ideal é que a refeição pós-treino aconteça de 30 a 60 minutos após o término da atividade e seja composta por um mix de carboidratos e proteínas, capazes de tornar a recuperação muscular mais rápida.

5. A ingestão de líquidos auxilia no desempenho durante a atividade física?


Verdade. A desidratação pode comprometer o desempenho durante o exercício físico. Dessa forma, é importante ingerir líquidos antes, durante e depois do treino para equilibrar as perdas de fluidos e eletrólitos que acontecem através do suor. Recomenda-se a ingestão de aproximadamente 500ml de líquidos 2 horas antes do exercício; durante o exercício, em intervalos regulares e de acordo com a sede. Após o exercício, a ingestão deve ser cerca de 450ml a cada 500g de peso perdido . Já em exercícios que apresentam duração superior à uma hora, é importante a ingestão de bebidas com adição de quantidades adequadas de carboidratos e eletrólitos, pois permitem a manutenção de energia para continuidade do exercício físico e previnem a perda de minerais.

REFERÊNCIA:

1. American Dietetic Association. Position of the American Dietetic Association, Dietitians of Canada, and the American College of Sports Medicine: Nutrition and Athletic Performance. J Am Diet Assoc. 2009;109:509-527.

Artigo publicado por AdeS

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

ALTERAÇÃO NA LEI INCLUI A ATIVIDADE FÍSCA COMO FATOR DETERMINANTE DA SAÚDE

O presidente da República em exercício, Michel Temer, sancionou alteração na Lei 8.080, de 1990, que inclui a atividade física como fator determinante da saúde.

A sanção foi publicada hoje (25) no Diário Oficial da União e traz ao Sistema Único de Saúde (SUS) a responsabilidade pela gestão de ações de vigilância epidemiológica. A mudança no texto cria uma possibilidade de financiamento para o setor.

Antes da inclusão da atividade física, a lei estabelecia como fatores determinantes e condicionantes da saúde, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais.

Por Jornalismo Portal EF

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

CORPO IDEAL NÃO ESTÁ ASSOCIADO AO USO DE ANABOLIZANTES, DIZ PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA.

“Corpo com músculos desenvolvidos é aspecto de treino, disciplina, alimentação e tempo, principalmente”, explica Odinei de Jesus.


O Profissional de Educação Física especialista em fisiologia do exercício, Odinei Rosa de Jesus, explica que muitas pessoas acreditam que apenas o consumo de esteróides-anabolizantes é necessário para se alcançar um corpo com músculos definidos. A crença é incorreta, pois quem deseja alcançar o “corpo ideal” necessita bem mais do que isso, afirma.

Corpo com músculos não é, necessariamente, reflexo do uso de anabolizantes. “Corpo com músculos desenvolvidos é aspecto de treino, disciplina, alimentação e tempo, principalmente”, explica Odinei de Jesus.

As quatro variáveis citadas são essenciais para o desenvolvimento dos músculos. A disciplina é fundamental para seguir à risca o treinamento indicado pelo Profissional de Educação Física. “A disciplina é imprescindível para conseguir treinar todos os dias e fazer o que tem que ser feito e não o que se quer fazer, além de alimentar-se adequadamente”. Alimentação, inclusive, é uma das variáveis citadas.

Alimentar-se adequadamente, segundo Odinei de Jesus, é comer a cada três horas e consumir o alimento certo. “Comer é colocar alguma coisa na boca, mastigar e engolir. Se alimentar, ou alimentar o seu corpo, é o ato de comer, mas com nutrientes que serão captados e aproveitados por sua musculatura”, explica.

O terceiro aspecto é o treino, que consiste não apenas na execução dos exercícios, mas também no descanso adequado. “As pessoas têm um sistema de treino. Se hoje é para levantar uma tonelada, ele vai levantar uma tonelada. Se hoje é para levantar 100 gramas, ele vai levantar 100 gramas. Ele não tem escolha, tem que fazer o que tem que ser feito no período que ele está em treinamento”, diz.

O Profissional de Educação Física afirma que para alcançar o objetivo requer dedicação. “Pessoas que estão em treinamento físico são vistas, às vezes, como anti-sociais porque saem e não bebem junto com as outras pessoas. Não comem o que as pessoas comem. Isso é normal, se quer deixar o corpo musculoso, pelo menos no início. A pessoa terá que dormir cedo, porque precisa de pelo menos oito horas de sono”.

Seguindo todas as recomendações, ainda é necessário ter paciência para deixar que o tempo cumpra o seu papel. “Requer tempo, porque a atividade é crônica”. Segundo ele, são necessários, pelo menos, oito meses de dedicação e esforço para ver o resultado no corpo. “São 32 semanas, no mínimo, de dedicação para ver um corpo mais musculoso, torneado”.

“E as pessoas ainda acham que basta tomar anabolizante, e não fazer nada disso que eu falei, para ficar musculoso”. Odinei de Jesus explica que o material, feito à base de testosterona sintética, é apenas um amplificador do desenvolvimento muscular. O uso dos esteróides-anabolizantes, no entanto, é proibido no Brasil. “Testosterona é o hormônio principal do esteróide-anabolizante e serve apenas para dar um ‘upgrade’ no físico.

A pessoa vai ficar musculosa e vai chegar ao limite. E quando atingir esse limite muscular, se ele quiser mais crescimento, talvez tenha que fazer uso de esteróide-anabolizante. Mas até para fazer uso de esteróide-anabolizante, ele precisa estar pronto e ser orientado”, afirma.

Segundo Odinei de Jesus, muitas pessoas têm procurado médicos-desportistas e endocrinologistas para fazer reposição hormonal, prática que, assim como o esteróide-anabolizante, utiliza a aplicação de testosterona, tanto em homens como em mulheres.

Muitos benefícios são gerados pela reposição hormonal, que é utilizada, inclusive, para o tratamento de doenças que atingem o desenvolvimento e crescimento corporal, como o raquitismo e o nanismo. Entretanto, o uso de anabolizantes, em quantidades não recomendadas, pode provocar desde acnes, odor desagradável, mau hálito e queda de cabelo até a impotência sexual e a morte.

“Por causa do uso abusivo de esteróide-anabolizante, quando a pessoa deixa de utilizar, começa a perder massa muscular, começa a engordar. Pode até aumentar a pressão arterial e provocar o diabetes”, diz.

O uso indiscriminado de anabolizantes, geralmente comprados no mercado negro, só traz malefícios ao consumidor, afirma. “Essa ansiedade em ficar musculoso só trará malefícios a quem compra e nem sabe se é a fórmula verdadeira, não sabe o que está colocando dentro do corpo”, completa.

Suplemento e complemento alimentar

Odinei de Jesus reforça que é importante não confundir anabolizantes com suplementos e complementos alimentares. Estes elementos são provenientes dos alimentos e contêm os nutrientes necessários ao corpo humano. Um mesmo produto pode ser complemento ou suplemento, se difere apenas na função desempenhada.

Pessoas que não consomem verduras e legumes, por exemplo, necessitam de suplementos alimentares para suprir as necessidades de vitaminas e sais minerais que são provenientes dos vegetais. O mesmo produto será consumido por pessoas que se alimentam de verduras e legumes, mas que, no entanto, necessitam de maior quantidade, devido ao desgaste provocado pela prática intensiva de exercícios físicos. Neste caso o produto tem uma função complementar, sendo denominado complemento alimentar.


Matéria retirada do site Portal da Educação Física

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

CAFEÍNA AJUDA NA PERFORMANCE, ADIA A FADIGA E FACILITA A QUEBRA DE GORDURA

A cafeína presente no café, mate, chá verde e em bebidas a base de cola passou a ser muito consumida por atletas, após diversos estudos atestarem seus benefícios para a prática esportiva. 

A cafeína tem a capacidade de diminuir a percepção de esforço ao exercício físico, sendo assim, o atleta consegue realizar mais exercícios, já que tem a sensação de serem mais fáceis do que realmente são! Além disso, o componente retarda a fadiga ao poupar os estoques de glicogênio muscular. 

Se o objetivo é perder peso, o cafezinho ajuda na quebra do tecido de gordura, favorecendo a eliminação dos excessos e a perda de peso. Porém, esses benefícios são vetados para pessoas com problemas estomacais, cardíacos ou de pressão, além daqueles que enfrentam dificuldades para dormir. É comum ver pessoas que tomam duas xícaras de café, e depois de certo tempo, passam para cinco xícaras; essa atitude merece atenção! O ideal é manter os efeitos benéficos sem se tornar dependente. 

Por Jornalismo Portal EF

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

CARNE VERMELHA EM EXCESSO É PREJUDICIAL À SAÚDE? VEJA MITOS E VERDADES

Poucos alimentos são tão polêmicos como a carne vermelha. Tanto que muitas pessoas a baniram do cardápio. Mas será que esta atitude radical é necessária? 


De acordo com Carolina Mantelli Borges, médica pós-graduada em Endocrinologia e Metabologia pela Universidade de São Paulo (USP), responsável pela área de endocrinologia da Clínica de Especialidades Integrada (SP), o item não é o vilão como muitos pensam.

"Controlando a quantidade e escolhendo o tipo mais saudável, além de não prejudicar a saúde, é possível se obter nutrientes essenciais ao organismo", diz ela.

A carne vermelha é excelente fonte de proteína de alto valor biológico, que fornece todos os aminoácidos necessários ao metabolismo. Tais moléculas, além de gerar energia para o corpo, são responsáveis pela formação da estrutura muscular.

O alimento ainda apresenta vitaminas como a B12, ferro e gorduras saturadas que, em proporções adequadas, são importantes para a saúde porque agem na absorção e no transporte de vitaminas (A, D, E e K), participam do metabolismo de hormônios e constituem partes formadoras das membranas celulares", informa o nutrólogo André Veinert, titulado pela Abran (Associação Brasileira de Nutrologia) e pela Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE).

Escolhas certas

A nova pirâmide alimentar, apresentada em junho último no 5º Congresso Brasileiro de Nutrição Integrada, continua sugerindo o consumo diário de uma porção de carnes e ovos, "com maior destaque para os peixes do tipo salmão, sardinha e regionais, e para os cortes mais magros e grelhados, frango sem pele e ovos". Isso significa que é fundamental adotar alguns critérios na hora de comer carne vermelha.

Dentre os cortes mais magros, destacam-se filé mignon, lagarto, patinho, alcatra, maminha e coxão duro; já a picanha e o contrafilé são mais gordurosos e devem ser consumidos esporadicamente.

Além de mais saudáveis, algumas partes do boi não colocam a balança em risco. Tal dado deve ser levado em consideração se pensarmos que, de acordo com a última pesquisa Vigitel 2012 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), 51% da população brasileira está acima do peso, a proporção avançou de 42,7%, em 2006, para 51%, em 2012. Sendo que 54% dos homens estão acima do peso, contra 48% das mulheres. fazendo com que mais da metade da população esteja, hoje, acima do peso.

Fonte de nutrientes

Vale destacar, também, que a carne vermelha é o alimento que mais contém ferro, vitaminas do complexo B, zinco, magnésio, sódio, potássio e outros nutrientes. E tem mais, o ferro contido nela é melhor absorvido pelo organismo do que o existente em itens de origem vegetal.

Mesmo assim, quem se abstém de consumi-la e faz boas escolhas à mesa não coloca a saúde a prêmio. "A carne faz parte de uma alimentação equilibrada, mas é possível viver sem ela", sustenta a endocrinologista Carolina Mantelli Borges.

Para quem não consome carne, é importante obter informações de como substituí-la adequadamente – e, se for necessário, complementar a dieta com suplementos vitamínicos. "Se o indivíduo tem um menu balanceado, pode dispensar a carne vermelha, pois alimentos de origem vegetal são capazes de suprir esta falta. É preciso ficar atento, porém, para a questão vitamínica", conclui Veinert.

Nada em excesso

Para o nutrólogo, o consumo de carne vermelha deve ser moderado e acompanhado de alimentação saudável e prática regular de atividade física: "O excesso diário em corte e preparo errados, e os tipos processados –como a salsicha – devem ser evitados, já que sabemos que o aumento de doenças cardiovasculares e de câncer no aparelho digestivo pode estar ligado à ingestão exagerada de carne e gordura."

A endocrinologista, por sua vez, diz que há outros riscos, como obesidade, diabetes, aumento do colesterol e hipertensão e que o ideal é comer carne vermelha cerca de três vezes por semana, em cortes magros e dentro de refeições equilibradas. "Sugiro variar entre carnes, peixes e aves, oferecendo outras oportunidades nutricionais ao organismo", conclui.

Carnes preparadas fritas em imersão aumentam o grau de gorduras saturadas, que elevam o colesterol ruim (LDL) que se deposita nas artérias, fazendo crescer o risco de surgirem problemas no coração. Sem falar que o valor calórico do prato também aumenta. "Consuma carnes grelhadas, cozidas ou assadas, que mantêm os benefícios do alimento e são mais saudáveis", recomenda o nutrólogo.

Matéria publicada em Portal Uol

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

CONFIRA 10 MITOS E VERDADES SOBRE ATIVIDADE FÍSICA

O personal trainer Matheus Zanchet tira as principais dúvidas sobre a atividade física. 

1 – Exercício localizado auxilia na redução de medidas?
MITO. O que faz reduzir as circunferências em excesso é uma boa dieta. Atividade aeróbica também ajuda, porque aumenta o gasto calórico.
No treino aeróbico, a pessoa perde gordura no corpo todo, não apenas no abdômen. E os exercícios localizados não fazem com que a perda de gordura ocorra em uma região específica. O gasto calórico dos abdominais é irrisório, não serve para emagrecer.

2 – A gordura vira músculo com treinamento físico?
MITO. O exercício não destrói os depósitos de gordura. Na verdade, ele ajuda a queimar calorias provenientes da gordura. Quando você diminui o peso por meio de dieta e exercício, ocorre a redução do volume das células adiposas, ou seja, elas continuam lá, mesmo depois de você ter emagrecido. A diminuição da quantidade de células gordurosas somente é feita por procedimento cirúrgico, como lipoaspiração ou outros métodos.

3 – Correr com agasalho ajuda a emagrecer ?
MITO. Nunca se agasalhe demais ou enrole plásticos no corpo para se exercitar. A perda de peso ocorrerá devido à desidratação. O volume é reposto imediatamente após o exercício. Roupas ideais permitem a regulação da temperatura corporal, necessária para um bom funcionamento das reações fisiológicas que ocorrem durante o treino.
Inverno - É preciso conservar o calor corporal e evitar sua perda para o ambiente mais frio.
Verão - É necessário vestir roupas que permitam a perda de calor, mantendo a temperatura do corpo confortável.

4 – Após a atividade física, você deve sentir dor para que o exercício surta efeito?
MITO. Não é preciso que você sinta dor muscular para ter bons resultados. Porém, se você está parado (a) há muito tempo, ao iniciar um programa de exercícios, provavelmente sentirá dor muscular devido ao estímulo dado ao músculo que não está acostumado com determinado exercício. Assim, o treino deverá ser progressivo, iniciando de acordo com o seu condicionamento, para não causar lesões. Atletas que trabalham no limite do condicionamento também estão sujeitos a dores e a lesões, por isso, devem fazer um trabalho com acompanhamento e orientação de um profissional competente.

5 – O treinamento funcional promove hipertrofia muscular?
MITO. O treinamento funcional apenas gera ao iniciante um ganho de força expressivo e ligeira hipertrofia, acompanhados de um condicionamento físico excelente. Mas isso ocorre com qualquer pessoa que começa a se exercitar. Então, o treinamento funcional NÃO promove hipertrofia muscular.

6 – Cãibra indica desidratação?
VERDADE. A deficiência de potássio pode ser um diagnóstico precoce demais, pois as contrações estão mais ligadas a baixos níveis de magnésio e sódio.
Além de hidratação insuficiente, falta de alongamento e excesso de esforço também são possíveis causas. Se encher de banana não é a solução para nunca mais ter cãibra. Ao sentir a dor, é melhor parar, beber água ou isotônico, alongar a região afetada e esperar a dor passar.

7 – Para aumentar a massa muscular, é necessário repouso?
VERDADE. O aumento da massa muscular não ocorre durante o exercício, mas no período de repouso. É preciso pelo menos 12 horas de descanso para o músculo recuperar o estoque de energia gasto durante o exercício e se refazer dos micro traumas ou lesões provocados pelo esforço. É esse processo que cria volume e definição muscular.

8 – É proibido correr na gravidez?
MITO. O mais comum é reduzir o volume e a intensidade dos treinos – os batimentos cardíacos não devem ultrapassar media de 140 por minuto. Mas, se a gestação vai bem e seu médico liberou a corrida, é possível ir em frente até o oitavo mês, quando o melhor é mudar para uma caminhada leve. Complementar a corrida com uma modalidade de baixa intensidade (como ginástica funcional ou localizada sem carga) é uma boa para reforçar a musculatura, pois a oscilação dos hormônios neste período deixa as articulações sensíveis e carentes de sustentação. Outra medida importante é ficar atenta a dores nas regiões lombar e pélvica, estabilidade da frequência cardíaca e perda de urina quando corre, que podem indicar se é necessário interromper ou adaptar o exercício.

9 – A prática de pilates aumenta a massa muscular e a flexibilidade?
VERDADE. O aluno conseguirá definir a musculatura, sem aumentar muito o seu volume. O foco do pilates não é hipertrofia. O resultado não está relacionado ao número de repetições, mas pela qualidade do movimento. A consciência corporal adquirida, somada a um trabalho da estrutura musculoesquelética, permite a execução dos exercícios com eficiência e segurança.
10 – Quanto maior a passada, melhor a corrida?
MITO. A amplitude da passada varia de acordo com o perfil e o tipo físico de cada corredor. Se suas pernas são curtas, por exemplo, a passada longa vai exigir um esforço excessivo. Nesse caso, o ideal é dar passadas mais curtas, em maior número. Assim, você economiza esforço e o exercício rende mais. Mesmo para quem tem pernas compridas, passadas abertas demais podem resultar em um gasto maior de energia e maior perigo de lesão por causa do impacto com o solo. Conheça seu corpo, seus limites e teste diferentes tamanhos de passada até encontrar o ritmo mais confortável.

Matéria publicada em blog Barra de Cereal (Jornal Zero Hora)

terça-feira, 17 de setembro de 2013

ATIVIDADE FÍSICA AJUDA A PREVENIR HIPERTENSÃO NA MENOPAUSA

Cardiologistas estimam que até 80% das mulheres podem se tornar hipertensas após a menopausa. Porém, há uma forma de prevenir o problema: realizar exercícios físicos regularmente por volta dos 40 anos de idade, muito antes da última menstruação acontecer. 

O alerta foi feito pela pesquisadora da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Angelina Zanesco, que coordena uma pesquisa cujo objetivo é desvendar os mecanismos biológicos responsáveis pelo aumento da pressão arterial feminina nessa faixa etária. Os primeiros resultados do estudo mostram que para evitar o desenvolvimento da doença, a intervenção precisa ser feita antes que ocorram as mudanças metabólicas e hormonais da menopausa. Infelizmente, muitas mulheres começam a se preocupar com a atividade física somente após os 50 anos, quando a barriga começa a crescer.

A equipe do Laboratório de Fisiologia Cardiovascular e Atividade Física da Unesp em Rio Claro (SP) avaliou em dois grupos de mulheres (pré e pós menopausa) o funcionamento do chamado sistema renina-angiotensina, um conjunto de peptídeos, enzimas e receptores envolvidos no controle da pressão arterial. Os pesquisadores coletaram amostras de sangue de 42 mulheres com mais de 40 anos que ainda não estavam na menopausa, e de outras 32 que já estavam há pelo menos 12 meses sem menstruar. 
Em seguida, mediram nos dois grupos os níveis plasmáticos da enzima conversora de angiotensina e de diversos peptídeos. Os resultados mostraram que, de maneira geral, o sistema renina-angiotensina estava até 80% mais ativo no grupo de mulheres pós-menopausa quando comparados às mulheres na perimenopausa. Quando os pesquisadores compararam apenas as mulheres normotensas, pré e pós menopausa, não viram grandes diferenças. Porém, quando compararam as hipertensas, o aumento na atividade do sistema renina-angiotensina chega a 150%. Esses dados mostram que, se a mulher esperar a menopausa para mudar seu estilo de vida, pode ser um pouco tarde e esse sistema já estará ativado para causar uma patologia.

Por Jornalismo Portal EF

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

SOBREPESO TRAZ RISCOS ASSIM COMO A OBESSIDADE

A obesidade é hoje a epidemia de maior crescimento estável mundial. Além das questões óbvias relacionadas à infraestrutura das cidades, que não comporta esses indivíduos - como transporte público e banheiro adaptados - a estrutura relacionada à saúde também não permite que eles tenham acesso a todos os procedimentos. Como exemplo, podemos citar a maioria das esteiras ergométricas e mesas de hemodinâmica disponíveis, que toleram até 130 kg. A tomografia computadorizada também tem limite de peso e tamanho do paciente, levando os indivíduos que não estão aptos a realização do exame completá-lo em tomógrafos veterinários, habituados a pacientes de grande peso. Isso ainda falando da questão estrutural em saúde. E quando migramos para o microuniverso do paciente?

A obesidade do indivíduo

De uma forma acadêmica, é importante diferenciar obesidade de sobrepeso. Uma forma simples de diferenciar os dois é pelo índice de massa corporal (IMC). Esse é o peso em kg dividido pela altura em metros elevada ao quadrado. Um resultado entre 18,5 e 25 é normal. Entre 25 e 29,9 é sobrepeso. 30 ou mais é obesidade. Estudos dizem que IMC maior que 25 aumentam as chances de doenças, e acima de 30 já quase garante a associação da obesidade com pelo uma dessas condições: hipertensão, diabetes ou pré-diabetes e apneia do sono.

Mas como diferenciar um halterofilista de um obeso? Já que o peso e a altura podem ser iguais. Nesse cenário, a medida da circunferência abdominal vai ajudar e muito. Uma fita métrica pode ser utilizada para medir o contorno do abdome com o indivíduo em expiração (não forçada), na altura do umbigo. O normal eh abaixo de 82 cm em mulheres e abaixo de 95 cm em homens.

Mas ainda sim temos mais algumas coisas a considerar. Orientais, por exemplo tem maior tendência ao aumento de gordura visceral, que significa que a pessoa tem mais tendência a guardar gordura em locais nobres, como vasos sanguíneos. Isso quer dizer que a barriguinha de chope pode estar escondida nos asiáticos, como nas coronárias, como nas carótidas, como na aorta. E não só nos asiáticos: as mulheres e os idosos também guardam maior risco de estocar gordurinhas nesses lugares.

Entendendo a obesidade de cada um

O aumento de peso deve ser tratado como problema sério. Alguns estudos nos fazem crer que uma pessoa com sobrepeso aos 20 anos de idade vai perder um ano de vida, enquanto um obeso da mesma idade vai perder cerca de quatro anos de vida. Olhando apenas os obesos, obesidade moderada (35-40 de IMC) rouba cerca de dois a quatro anos de vida, enquanto a obesidade grave rouba de oito a 10 anos!

Que a obesidade pode reduzir a expectativa de vida, muitos já sabem. Então, o que podemos acrescentar a esse quadro dramático? Muito! Um exercício importante que deve ser feito para começar a tratar a obesidade é dar um passo para trás e ver se existe algum tipo de condição passada que possa estar afetando a perda ou o ganho de peso dessa pessoa. Muitos não fazem isso (eu também não fiz por muito tempo), mas é essencial para entender a condição daquela pessoa especificamente e o que pode ser feito para trata-la. Veja alguns exemplos:

  • A apneia do sono pode alterar toda a fisiologia do armazenamento de calorias durante a noite, bagunçar o ciclo diário de cortisol e atrapalhar a redução do peso. Pessoas com obesidade se beneficiam ainda mais do tratamento por conta disso.
  • Existem também doenças que limitam a locomoção, como artrose ou lesões em joelhos pelo desgaste, que impedem uma orientação para caminhadas. Nesse caso, o melhor a fazer é orientar atividades na agua, onde o empuxo reduz a carga, ou exercícios que podem ser feitos deitado, como abdominais ou bicicleta.
  • Existem medicações atrapalhando a perda de peso? Alguns remédios tem como efeito colateral ganho de peso, como antidepressivos tricíclicos, propranolol e lítio. Uma decisão a se tomar é entender se essas medicações não essenciais ou podem ser substituídas, para não atrapalharem o tratamento da obesidade.
  • Parou de fumar recentemente? Parabéns, mas é bom lembrar que o primeiro ano após parar de fumar costuma estar associado a aumento de peso. Previna-se já iniciando a substituição do tabagismo por alguma atividade física.
  • Tem relato de "efeito sanfona", ou seja, variações de peso na tentativa de emagrecer que te fazem engordar novamente? Nesse caso, as estratégias em longo prazo, com maior enfoque em reeducação alimentar, tem mais efeito que dietas dramáticas.
  • Existem sinais de depressão? Depressão e distúrbios alimentares estão fortemente ligados. Algumas perguntas simples podem direcionar a pessoa para uma avaliação mais profunda por um psicólogo ou psiquiatra. Você se ente cansado durante a maior parte do dia? Triste? Problemas para dormir ou sono o tempo todo? Sensação de incapacidade ou inutilidade ou ainda culpa? Falta de concentração ou memoria? Pensamentos em morte ou suicídio? Nesses casos, a abordagem por uma equipe multiprofissional é essencial.

Hora de mudar

A pessoa precisa estar preparada para mudar. Então pense: 

  • O quão importante é para você a mudança?
  • Você acha que consegue?
  • Existe algum obstáculo impedindo isso?
  • Como você acha que sua família e amigos vão encarar isso? Eles vão entender e ajudar?
  • Responder a essas perguntas ajuda a preparar o terreno e entender o campo de batalha. É bom lembrar que a perder 2kg já reduz pressão arterial e melhora apneia do sono, perder 5kg permite melhor controle de glicemia e redução do pré-diabetes, e perder 6 kg reduz dores articulares em joelhos. Esse cenário todo também ajuda a reduzir o risco de morte, AVC e infarto.

Matéria publicada em portal Minha Vida

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

ALONGAMENTO CORRETO AJUDA NO EMAGRECIMENTO

Para se manter saudável e com disposição total, nada melhor que fazer alongamentos no dia a dia. Apresentam vantagens como o alívio das tensões diárias, melhora as dores musculares e ainda  aumenta o ânimo e o bom humor.
Inclua o alongamento em sua rotina diária em casa ou mesmo no trabalho. Faça corretamente. os exercícios para conseguir um bom resultado. E, o que é melhor: exercícios físicos, ainda que simples e em ritmos moderados, sempre queimam calorias e aceleram o  emagrecimento.
Veja as dicas abaixo e comece já:

PELA MANHÃ:

Comece  alongando os braços e mãos, cabeça e pernas.
A TARDE:   com a cabeça e pescoço reto alongue a coluna . Nesse movimento, coloque o os dedos das mãos a frente dos pés (ou no chão). Alongue o pescoço, coloque o queixo para cima.

FAÇA OS EXERCÍCIOS CONFORME A FIGURA ABAIXO:



DICAS: não faça exercícios sem se alimentar. Não faça nenhuma atividade física sem auxílio ou orientação profissional. Avalie suas condições de saúde periodicamente. Beba bastante líquido. Evite álcool e fumo.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

ATIVIDADE FÍSICA PROPORCIONA UM MELHOR TRÂNSITO INTESTINAL

A obstipação, também conhecida como prisão de ventre ou constipação intestinal, é uma das queixas mais comuns entre os brasileiros.

O prolema não deve ser considerado uma doença, mas sim, um sintoma ocasionado por uma alimentação deficiente, efeito colateral de algum medicamento, estresse, depressão, ansiedade ou doenças relacionadas ao cólon e reto. Porém, os sintomas desconfortáveis como inchaço, cólicas e irritabilidade podem ser evitados com a prática de atividade física.

Segundo alurguns estudos, a atividade física regular pode ajudar na melhora do trânsito intestinal, já que o exercício melhora a motilidade intestinal e consequentemente a evacuação. Além do mais, o gasto energético maior induz ao aumento no consumo de alimentos e no total de fibras. Vale ressaltar que a maioria das atividades físicas são praticadas em pé, o que ajuda na movimentação e estímulo da região intestinal.

A associação do exercício com a ingestão de líquidos, fibras, probióticos e alimentos laxativos como mamão, frutas secas e biomassa da banana verde são essenciais para o tratamento do problema. É fundamental adicionar ao cardápio alimentos ricos em fibras, como cereais, frutas frescas e vegetais para um trânsito intestinal saudável. É importante que as pessoas se atentem ao problema desde o início dos sintomas, já que em adultos, a prisão de ventre é considerada um fator de risco para o câncer de cólon e para a síndrome do intestino irritável.

No caso de crianças, estudos já comprovaram que a qualidade de vida daquelas com obstipação é pior do que as com o trânsito intestinal normal. Atente-se!

Por Jornalismo Portal EF

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

DROGAS X ESPORTE: A MACONHA CAUSA PICOS DE PRESSÃO E RISCOS CARDÍACOS

Análises estatísticas mostram que o risco de infarto agudo do miocárdio aumenta 4,8 vezes nos primeiros 60 minutos após o uso de maconha. 

Primeiramente me surpreende a postura de alguns políticos em não considerar a maconha como perigosa para a saúde. Só posso pensar que são movidos por ignorância cientifica! Quanto ao aspecto policial-econômico não iremos abordá-lo neste artigo.

Segundo a medicina, essas drogas são alucinógenas, causam dependência e graves sequelas aos seus usuários. Os aspectos ditos "medicinais" atualmente são bem delimitados, apenas para certas doenças graves, incapacitantes e incuráveis, onde seus efeitos psiquiátricos, entre outros, servem para “anestesiar o sofrimento”. Não é um produto medicinal de uso generalizado, até onde chegaram as inúmeras pesquisas sérias.

Os efeitos cardiovasculares são bem descritos na literatura médica e um artigo de forte impacto científico nos chama a atenção: “Infarto do Miocárdio desencadeado pela maconha” (Triggering Myocardial Infarction by Marijuana) do respeitado autor Mittleman MA, e colaboradores, na revista de maior importância na cardiologia mundial (Circulation - Vol: 103 - Págs: 2805-2809; 2001).

O princípio ativo da maconha é o THC, que fica depositado nas células gordurosas do corpo. Seus efeitos duradouros aumentam com o incremento das doses, e os principais sinotmas são:

1) Taquicardia paroxística em repouso, ou seja, importante elevação da frequência cardíaca (pulsação) que pode atingir o dobro da habitual em repouso. E não estou falando em “overdose”.

2) Extrassístoles ventriculares e supraventriculares são muito frequentes e surgem em geral, após aproximadamente 20 minutos do inicio de seu consumo.

3) Súbita e importante elevação da pressão arterial (alcança rapidamente 200 x 110 mm Hg) na posição deitada, queda da pressão se ficar de pé, provocando o que chamamos de síncope cardiogênica.

4) Aumento da absorção de monóxido de carbono, que provoca dificuldades respiratórias graves e redução do transporte de oxigênio para o coração.

5) Prejudica a atividade física de modo irreparável por alguns dias, tanto na resistência como na técnica da modalidade esportiva, até no simples caminhar.

Com base nas análises estatísticas observou-se um risco de infarto agudo do miocárdio 4,8 vezes maior nos primeiros 60 minutos após o uso da maconha comparando com os períodos de não uso. Ainda outros estudos, encontraram lesões de fibrose no miocárdio pela ressonância magnética do coração, os temidos focos de arritmias cardíacas complexas e graves, complicações diferentes do infarto do miocárdio.

Todos os efeitos se repetem, em grau ainda m ais avançado, em usuários do skunk, espécie de maconha com altíssimo teor de THC.

Por Dr. Nabil Ghorayeb - Especialista em Cardiologia e Medicina do Esporte

Artigo publicado em portal EU Atleta
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...