quinta-feira, 29 de agosto de 2013

DROGAS X ESPORTE: A MACONHA CAUSA PICOS DE PRESSÃO E RISCOS CARDÍACOS

Análises estatísticas mostram que o risco de infarto agudo do miocárdio aumenta 4,8 vezes nos primeiros 60 minutos após o uso de maconha. 

Primeiramente me surpreende a postura de alguns políticos em não considerar a maconha como perigosa para a saúde. Só posso pensar que são movidos por ignorância cientifica! Quanto ao aspecto policial-econômico não iremos abordá-lo neste artigo.

Segundo a medicina, essas drogas são alucinógenas, causam dependência e graves sequelas aos seus usuários. Os aspectos ditos "medicinais" atualmente são bem delimitados, apenas para certas doenças graves, incapacitantes e incuráveis, onde seus efeitos psiquiátricos, entre outros, servem para “anestesiar o sofrimento”. Não é um produto medicinal de uso generalizado, até onde chegaram as inúmeras pesquisas sérias.

Os efeitos cardiovasculares são bem descritos na literatura médica e um artigo de forte impacto científico nos chama a atenção: “Infarto do Miocárdio desencadeado pela maconha” (Triggering Myocardial Infarction by Marijuana) do respeitado autor Mittleman MA, e colaboradores, na revista de maior importância na cardiologia mundial (Circulation - Vol: 103 - Págs: 2805-2809; 2001).

O princípio ativo da maconha é o THC, que fica depositado nas células gordurosas do corpo. Seus efeitos duradouros aumentam com o incremento das doses, e os principais sinotmas são:

1) Taquicardia paroxística em repouso, ou seja, importante elevação da frequência cardíaca (pulsação) que pode atingir o dobro da habitual em repouso. E não estou falando em “overdose”.

2) Extrassístoles ventriculares e supraventriculares são muito frequentes e surgem em geral, após aproximadamente 20 minutos do inicio de seu consumo.

3) Súbita e importante elevação da pressão arterial (alcança rapidamente 200 x 110 mm Hg) na posição deitada, queda da pressão se ficar de pé, provocando o que chamamos de síncope cardiogênica.

4) Aumento da absorção de monóxido de carbono, que provoca dificuldades respiratórias graves e redução do transporte de oxigênio para o coração.

5) Prejudica a atividade física de modo irreparável por alguns dias, tanto na resistência como na técnica da modalidade esportiva, até no simples caminhar.

Com base nas análises estatísticas observou-se um risco de infarto agudo do miocárdio 4,8 vezes maior nos primeiros 60 minutos após o uso da maconha comparando com os períodos de não uso. Ainda outros estudos, encontraram lesões de fibrose no miocárdio pela ressonância magnética do coração, os temidos focos de arritmias cardíacas complexas e graves, complicações diferentes do infarto do miocárdio.

Todos os efeitos se repetem, em grau ainda m ais avançado, em usuários do skunk, espécie de maconha com altíssimo teor de THC.

Por Dr. Nabil Ghorayeb - Especialista em Cardiologia e Medicina do Esporte

Artigo publicado em portal EU Atleta

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

EXERCÍCIOS FÍSICOS E OS BENEFÍCIOS PARA DIABÉTICOS

No Brasil, estima-se que sete milhões de pessoas sofram de diabetes. Especialistas afirmam que a principal causa do problema é a rotina com maus hábitos alimentares e falta de atividade física regular.

O exercício físico desempenha um importante papel na prevenção e controle da resistência à insulina, proporcionando controle da pressão arterial e melhora da composição corporal e condicionamento físico. Após uma análise criteriosa, é possível aplicar programas de treinamentos aos alunos diabéticos similares aos programas aplicados a não portadores da doença crônica. Além disso, há também a possibilidade de utilizar o volume de treino semelhante aos pacientes comuns, porém, é claro, que o aluno precisa procurar antes um profissional que avalie as suas necessidades e restrições.

Durante os exercícios, algumas alterações metabólicas ocorrerão de forma aguda em resposta ao treinamento, por isso, o aconselhável é que o aluno verifique o nível de glicose através do teste de glicemia. Os níveis de glicose sanguínea não devem estar abaixo de 100mg/dl, mas caso aconteça, é recomendável fazer um lanche a base de carboidrato para aumentar a glicose sanguínea, evitando a hipoglicemia durante a prática de exercícios físicos. Vale ressaltar que o aluno também pode praticar qualquer modalidade, desde que tenha um controle rigoroso sobre o volume e intensidade que sejam adequados ao seu caso. Por isso, o profissional de Educação exerce um papel importante para esse aluno, tendo que além do cuidado com a saúde física, ficar atento aos fatores psicológicos do indivíduo, que pode se sentir constrangido ou desconfortável por conta dos sintomas da doença. Portanto, o profissional deve auxiliar de todas as formas possíveis para que o aluno sinta prazer do começo ao fim na hora de realizar seu treino.

Por Jornalismo Portal EF

terça-feira, 13 de agosto de 2013

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

AGACHAMENTO: MITOS E VERDADES SOBRE ESSE EXERCÍCIO

Ao longo de décadas foram cultivadas crenças e opiniões infundadas, baseadas em conhecimento empírico. Inúmeros praticantes de academia e até mesmo professores formaram opiniões sem base cientifica sobre esse exercício (agachamento). Nesta matéria, tentaremos esclarecer uma questão discutida anos.

Afinal, no agachamento pode ou não o joelho ultrapassar a ponta do pé?
Este mito foi criado baseado em suposições e opiniões de praticantes que vieram a ser instrutores no modelo antigo de gestão de academias, clubes e outros locais de pratica de exercícios. Esta crença baseia-se na premissa de que, não projetando seu joelho para frente, o agachamento se torna mais “seguro”. Para entender o que seria ou não seguro, tentaremos dar uma visão geral sobre o agachamento e suas particularidades.
Existem inúmeras formas de realizar este exercício: com os pés afastados, com os pés unidos, o famoso agachamento sumô, na máquina, com barra livre e assim por diante. Não queremos aqui dar receita ou dizer o que é certo ou errado; a intenção aqui é esclarecer e orientar o praticante para uma melhor escolha em um programa de treinamento. Quando realizamos um agachamento, nosso corpo solicita inúmeras estruturas para vencer a resistência imposta, seja ela do próprio corpo ou de pesos. Estas estruturas dividem o peso de acordo com a posição em que se encontra o corpo, pois existe um ponto central de aplicação de carga que é chamado de centro de gravidade. Este centro de gravidade é o ponto onde a gravidade age com maior intensidade, gerando uma sobrecarga maior naquele ponto.
Centro de gravidade
Onde se encontra o centro de gravidade?
Na posição ortostática, o centro de gravidade está localizado próximo à região do umbigo, e é neste ponto que se aplica a força idade. Quando afastamos um segmento da linha medial do corpo, o centro de gravidade muda de posição, fazendo com que este se desloque de acordo com o movimento realizado. Agora que sabemos onde e como funciona o deslocamento do centro de gravidade e sua aplicação de força, ficou mais fácil entender uma coisa.
 
No que o centro de gravidade influencia no agachamento?
Ao realizar um agachamento em que os joelhos não ultrapassam a ponta do pé, adotamos posturas diferentes para um exercício livre ou na máquina. No agachamento livre, para equilibrar o corpo, projetamos o quadril para trás e a cabeça para frente; isso faz com que o centro de massa se desloque para frente, sobrecarregando totalmente as estruturas que envolvem a região lombar, tirando grande parte da sobrecarga sobre o quadríceps e jogando para o glúteo e extensores do quadril. Ao realizar este exercício na máquina, o praticante, para não ultrapassar o joelho da ponta do pé, retifica sua lombar e projeta os pés para frente.

Esta
manobra gera uma sobrecarga imensa nos joelhos, e somada a um ângulo de 90º, que é um dos pontos de maior compressão patelo-femoral que existe, com certeza irá gerar uma lesão no joelho, e quando se trata da retificação da coluna lombar, este movimento faz com que esta região suporte menos sobrecarga, aumentando assim, o risco de lesão para esta região também.

E quanto às estruturas envolvidas no agachamento?
Este pode ser considerado um dos exercícios mais completos e complexos que existem, pois a composição de músculos, articulações e tendões envolvidos é imensa. Mas, por hora, vamos nos ater a uma articulação em particular para entendermos melhor sobre a questão de não ultrapassar o joelho da ponta do pé. Vamos falar sobre a articulação do tornozelo, que é extremamente importante neste exercício. Para o praticante realizar o exercício (agachamento) sem ultrapassar o joelho da ponta do pé, esta articulação fica praticamente imóvel. Esta ação sobrecarrega outras estruturas. Quando o praticante ultrapassa o joelho da ponta do pé, as forças que agem sobre o ALH (aparelho locomotor humano) são distribuídas entre as estruturas envolvidas, gerando uma dorsiflexão do tornozelo, fazendo com que o tibial posterior se contraia. Esta ação do tibial posterior gera uma rotação interna da tíbia, consequentemente, uma rotação externa do fêmur, diminuindo assim o ângulo Q.
Concluímos que, do ponto de vista da segurança e da eficiência, distribuir a carga entre as estruturas envolvidas em qualquer movimento realizado pelo ALH (aparelho locomotor humano) é a melhor estratégia a ser adotada. Claro que existem inúmeras outras variações e estratégias de treinamento, e cabe ao professor responsável pela montagem do programa escolher a que melhor se aplica à pessoa em questão. Nesta matéria, tentamos apenas derrubar mais um mito, e não colocar o que é certo ou errado, pois não acreditamos em exercícios certos ou errados, e sim, em exercícios mal aplicados e mal colocados.
Obs: O mesmo exercício que pode te salvar pode te matar. Existe uma linha sutil entre o sucesso e o fracasso. Apenas o profissional de Educação Física saberá manter o praticante do lado do sucesso em cada exercício.  Exija um profissional formado e inscrito no CREF, se necessário, peça para que o mesmo se identifique com seu RG profissional.
 
Revisão de texto:  M. Nomura ( Matéria retirada do Portal da Educação Física) 

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

INICIAR O DIA COM ATIVIDADE FÍSICA AJUDA NO CONTROLE DO APETITE


Dormir uma horinha a menos pode fazer uma diferença imensa no dia - e para melhor. Na teoria parece fácil e é bem simples também na prática – a dica é ter como a primeira tarefa do dia o treino na academia.

Além de conseguir reservar aquele tempo precioso para ter mais saúde, essa mudança pode trazer inúmeros benefícios, tanto para o corpo, quanto para regular o apetite. É o que diz uma recente pesquisa feita pela Universidade do Texas (EUA). Segundo o estudo, ter a rotina de exercícios logo pela manhã pode diminuir a fome durante o dia inteiro.

Praticar atividade física logo cedo também ajuda a ter disposição de sobra ao longo do dia. Isso acontece porque o cérebro manda mais oxigênio para todos os músculos e tecidos, fazendo com que o sistema cardiovascular trabalhe com mais eficiência, o que aumenta a disposição. Com isso, o organismo já começa o dia a todo vapor, diminuindo a tensão durante a jornada inteira. Além disso, escapar do treino fica bem mais difícil, já que as desculpas como estresse e cansaço do final do dia podem ser postas de lado. Assim, as obrigações dos dias não farão com que a atividade física seja deixada de lado por falta de tempo ou disposição. Não podemos esquecer que o nível de estresse diminui, graças à atuação dos hormônios como a endorfina e a serotonia. Porém, fazer a atividade física logo cedo não é razão para dormir pouco. Para o exercício trazer os reais benefícios, é preciso que a noite de sono dure, pelo menos, 6 horas. Com tudo programado, só não se pode esquecer-se de fazer uma refeição bem leve antes do exercício físico. O ideal é comer uma fruta, uma barra de cereal ou até um iogurte. Já depois, é importante repor todos os nutrientes que estão faltando para o metabolismo se recompor com um bom café da manhã!

Por Jornalismo Portal EF


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